Manhente foi um mosteiro beneditino fundado por S. Martinho de Dume que, depois da conquista árabe e da restauração visigótica, foi reedificado por D. Pedro Afonso Durães.
Sabe-se que, em 1129, foi terra coutada a este mosteiro por D. Afonso Henriques e que este couto incluía parte de Tamel S. Veríssimo, Galegos Santa Maria e S. Vicente de Areias.
Em 1403, o mosteiro reduzia-se a abadia secular e, em 1408, o Papa permitia que a esta se unisse o Convento de S. João Evangelista de Vilar de Frades, que lhe ficava a sul, apena separado pelo rio Cávado. Quando o abade de Manhente morre, face às fortes rivalidades entre o Convento de Vilar e o arcebispo de Braga, D. Fernando da Guerra não acata a ordem do Papa, colocando ali um criado. Quando este morre, o arcebispo D. Luís Pires acaba por dar provimento à bula papal, unindo ao Convento de Vilar, a igreja de Manhente, da qual toma posse em 1480. Despois desta união, a abadia do Arcebispado de Braga tornou como vigararia e assim permaneceu até 1834. Com as reformas do Liberalismo, Manhente é finalmente incorporado no concelho de Barcelos.    
De acordo com algumas investigações realizadas, toda a área em que assenta a Igreja Paroquial seria um antigo terraço fluvial, onde se terá implantado a produção de cerâmica de construção. Entre o adro e a quinta vizinha da igreja, apareceram vários vestígios de “tegulae”, o que faz crer que aqui existiu, na época romana, uma pequena exploração. Ainda hoje este templo apresenta se apresenta como uma referência patrimonial com fortes origens românticas.
Situada em planície e fertilizada pelo ribeiro da Narcisa, um afluente do Cávado, Manhente dista cerca de 5 Km da sede de Concelho, confrontando com as freguesias de S. Martinho e Santa Maria de Galegos, a norte; com Tamel S. Veríssimo, a poente e com o Rio Cávado, a sul.
Atualmente com uma população de cerca de 1700 habitantes, tem na indústria a sua principal atividade económica, surgindo depois, com índices bastante menores, o comércio, os serviços e a agricultura. De referir ainda que uma pequena fatia da população trabalha fora da freguesia.
A freguesia tem como padroeiro S. Martinho, cujas comemorações marcam o dia 11 de Novembro. Importa também referir a Festa de S. Sebastião, realizada no mês de janeiro e a solenidade dos Passos que marca o quarto domingo da Quaresma.
Atrativa pelo seu artesanato, com destaque para a cerâmica, encontra ainda motivos de visita a apreciação na área da monumentalidade, onde se destaca a Igreja Românica, as Ruínas do Castelo, as Capelas do Senhor dos Passos , de Jesus, do Senhor dos Amparados e de Santo António, o Cruzeiro e as alminhas junto ao cemitério e de S. João, o fontanário, bem como as Quintas do Vau, do Gramacho, do Barco e de Sá Carneiro.